Boa ação

Para ser Papai Noel por um dia

Cartas para o "bom velhinho" podem ser recolhidas na agência dos Correios da rua Tiradentes até o próximo dia 15

Leandro Lopes -

O espírito natalino vai ganhando cada vez mais espaço conforme dezembro se aproxima e com ele boas ações são inspiradas e realizadas. E uma das mais tradicionais é a campanha do Papai Noel dos Correios, quando cartinhas feitas por crianças carentes são recolhidas pela empresa e disponibilizadas a quem quiser ser o Bom Velhinho por um dia e realizar o sonho infantil.

Esta segunda-feira (27) foi o primeiro dia de campanha aberta ao público em geral. Até o dia 15 de dezembro os pedidos estarão disponíveis na agência da rua Tiradentes, 2.515. De acordo com o coordenador do projeto, Jean Silva, foram cerca de 1.250 cartas recebidas. Para evitar quaisquer pedidos impossíveis de serem atendidos, as correspondências ao Papai Noel foram redigidas por alunos de escolas pré-selecionadas pela empresa, acompanhados por professores ou educadores. Em Pelotas, seis instituições de ensino foram selecionadas para participar neste ano.

Dentre os pedidos, alguns chamam atenção pela simplicidade. As cartinhas são separadas por categorias para facilitar a procura de quem estiver participando da boa ação. Na parte de bonecas, as Barbies e Baby Alive são a esmagadora maioria dos desejos. Há, no entanto, pedidos mais singelos. Uma das correspondências, de uma menina de seis anos e escrita pela sua professora do pré, é direta: "Papai Noel, eu gostaria muito de ganhar uma boneca. Obrigada".

A caixa com pedidos de bolas também se destaca pela quantidade. O bom momento do Grêmio é lembrado por uma das crianças. Embora houvesse a possibilidade de pedir qualquer coisa envolvendo o clube do coração, o menino de sete anos também opta pela simplicidade: uma bola com as cores do tricolor gaúcho. No papel, faz desenhos de jogadores e uma bola, similar à descrita em seu texto. Há também outros tipos de bolas entre os pedidos, como de baseball e basquete.

Fazendo a diferença
Lília Águila visitou a agência na tarde desta segunda-feira. Desde quando estava na faculdade ela costuma buscar as cartas para realizar pedidos. O fato de a maioria se tratar de pedidos simples faz ela encher os olhos de lágrimas ao comentar: "Não faz diferença para mim, mas fará muita diferença para as crianças".

Uma das histórias lembradas por Lília é de uma carta adotada há alguns anos. Nela, o menino disse ter todo o necessário, mas aproveitou a oportunidade para pedir uma bola de futebol para um amigo. Mãe de Juan, de dez anos, ela ressalta a parceria do filho na hora da realização dos pedidos. Ele lê e por vezes separa coisas próprias para ajudar outras crianças.

Neste ano, uma das correspondências logo chamou sua atenção: redigida por um menino de sete anos, com letras tortas e um desenho simples feito a lápis, a carta pede apenas uma calça para ele usar. Lília de imediato separou a carta para realizar esse sonho tão simples para quem lê, mas feito diante da possibilidade de escolher qualquer coisa, foi o desejo do menino.

Apesar da grande quantidade de cartas selecionadas por ela, cerca de 20, a maioria contém pedidos realmente necessárias ao desenvolvimento de uma criança, como roupas e materiais escolares. No entanto, Lília minimiza o esforço: "Não faz muita diferença no bolso, mas faz toda no coração".

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Parasitas: risco na praia ao pet Anterior

Parasitas: risco na praia ao pet

Semana para solucionar conflitos através da conciliação Próximo

Semana para solucionar conflitos através da conciliação

Deixe seu comentário